LOPES, Sílvio
*dep. fed. RJ 1995-1996; 2007-
Sílvio Lopes Teixeira nasceu no Rio de Janeiro, então Distrito Federal, no dia 12
de julho de 1931, filho de Joaquim Jorge Lopes Teixeira e de Joana Rodrigues.
Empresário, foi filiado ao
Partido Trabalhista Brasileiro (PTB) entre 1982 e 1986. Neste último ano
ingressou no Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB). Em 1987, mudou
mais uma vez de legenda, entrando, nessa oportunidade, no Partido Liberal (PL).
Em novembro de 1988, elegeu-se prefeito de Macaé (RJ) pelo PL. Empossado em
janeiro do ano seguinte, exerceu o cargo até 31 de dezembro de 1994, ocasião em
que já se havia filiado ao Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB).
Na eleição de outubro de
1994, Sílvio Lopes foi eleito para a Câmara dos Deputados, na legenda do PSDB.
Contudo, devido a denúncias de irregularidades supostamente ocorridas durante o
processo de votação, o pleito foi anulado pelo Tribunal Regional Eleitoral
(TRE) do estado. Realizada uma nova eleição em novembro seguinte, Sílvio Lopes
obteve apenas a primeira suplência. No entanto, acabou exercendo o mandato
desde o início, ocupando a vaga de Ronaldo César Coelho, indicado pelo
governador Marcelo Alencar para a pasta da Indústria, Comércio e Turismo
Durante o processo de reforma
constitucional de 1995, caracterizou-se pela fidelidade às orientações
governistas, votando a favor da abertura da navegação de cabotagem às
embarcações estrangeiras, da revisão do conceito de empresa nacional, da
prorrogação do Fundo de Estabilização Fiscal (FEF) — antigo FSE — e da abolição
do monopólio estatal nas telecomunicações, na exploração do petróleo pela
Petrobras e na distribuição do gás canalizado pelos governos estaduais.
Em julho de 1996, declarou-se
contrário à instituição da Contribuição Provisória sobre Movimentação
Financeira (CPMF), sucessora do Imposto Provisório sobre Movimentação
Financeira (IPMF).
Em outubro, elegeu-se pela
segunda vez prefeito de Macaé. No mês seguinte, o Tribunal Superior Eleitoral
(TSE) decidiu revogar o pleito de novembro de 1994 e restabelecer o resultado
de outubro. Considerando que as denúncias de fraude não tinham sido devidamente
comprovadas pelo TRE, o tribunal determinou uma nova diplomação da bancada do
Rio de Janeiro, de acordo com o resultado da primeira eleição. Isso
significava, na prática, que Sílvio Lopes passaria a exercer o mandato na
condição de titular. Todavia, com a sua posse na prefeitura em 1º de janeiro de
1997, deixou na véspera a Câmara, sendo sua vaga ocupada por Aírton Xerez.
Em 19 de fevereiro de 1997, data fixada
pelo TSE para a nova diplomação dos deputados fluminenses, Sílvio Lopes foi
empossado, mas no mesmo dia renunciou ao mandato. Desta feita, sua cadeira foi
ocupada por Nílton Cerqueira.
Em 2000, foi lançado
candidato à reeleição a prefeito de Macaé, no pleito marcado para outubro, no
qual obteve sucesso.
Ainda pelo PSDB, Silvio Lopes
candidatou-se e foi bem sucedido, em 2006, quando tentou uma cadeira na Câmara
dos Deputados. Tomou posse em 2007, e neste mandato, atuou com o titular na
Comissão de Minas e Energia, e, foi vice-presidente da Comissão de Legislação
Participativa. Licenciou-se do cargo em 2008 para concorrer nas eleições
municipais daquele ano. Foi novamente candidato à prefeitura de Macaé, mas não
obteve êxito, tendo sido derrotado pelo seu sobrinho, Riverton Mussi, do PMDB.
Não foi candidato a cargo
eletivo nas eleições de 2010, ano em que foi punido pela Justiça Eleitoral com
três anos de inelegibilidade por propaganda indevida no pleito municipal de
2008.
Casou-se com Carmem Mussi
Teixeira, com quem teve quatro filhos, entre eles, Glauco Lopes, deputado
estadual no Rio de Janeiro.
FONTES: CÂM. DEP. Deputados
brasileiros. Repertório
(1995-1999); Portal da Câmara dos Deputados. Disponível em: <http://www2.camara.leg.br>.
Acesso em 09/10/2009.