SIMÕES,
Íris
*dep.
fed.
PR 1999-2007.
Íris Xavier Simões
nasceu em Pato Branco (PR) no dia 25 de maio de 1961, filho de
Jardelino
Xavier Simões e Vitória Xavier Simões. Seu irmão, o radialista
Carlos Simões, foi vereador de Curitiba e deputado estadual por cinco
legislaturas entre 1991 e 2009, tendo seu mandato na Assembléia Legislativa do
Paraná (Alep) cassado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em maio de 2009
por abuso do poder econômico.
Trabalhou
como agricultor em Pato Branco entre 1970 e 1976. Em
seguida, trabalhou como bancário no
Bradesco
em 1978 e no Banco Francês e Brasileiros (BFB),
em Curitiba, entre 1978 e 1987. Nesse
período, frequentou por um curto período o curso de ciências
ecônomicas na Universidade Federal
do Paraná (UFPR) em 1985
sem no entanto dar prosseguimento aos estudos. Trabalhou também como assessor
do sindicato das empresas de ônibus do estado do Paraná entre os anos de 1987 e
1992. A partir do final da década de 1980 se tornou comunicador e começou a
apresentar programas de rádio na capital paranaense, tendo sido radialista
da Rádio Difusora a partir de 1989 e
apresentador de programas de rádio e televisão no Paraná nos anos seguintes.
Ingressou
na atividade
política
elegendo-se vereador em Curitiba no pleito de outubro de
1992 pelo Partido Liberal. Assumindo o mandato
em janeiro de 1993, reelegeu-se para o mesmo cargo nas
eleições municipais de outubro de 1996, dessa
vez pelo Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB),
permanacendo no cargo até 1999. Durante seu mandato na Câmara
dos Vereadores de Curitiba Íris Simões
filiou-se ao Partido Progressista Brasileiro (PPB), tornando-se membro da
executiva regional do partido a partir de 1996, foi presidente da mesa
diretora da casa e participou de várias comissões, entre elas a Comissão de Defesa
do Cidadão, de Economia, Finanças e
Fiscalização, e de Legislação, Justiça e
Redação. Em fevereiro de 1999 renunciou
ao mandato de verador para assumir o cargo de deputado
federal
para o qual havia sido eleito nas eleições de
outubro de 1998 pela legenda do Partido
Trabalhista Brasileiro (PTB),
partido ao qual havia se filiado em 1997.
Em
sua primeira legislatura na Câmara dos Deputados foi vice-líder do PTB
integrando ainda a comissão de Ciência e Tecnologia. Votou a favor do fim dos
juízes classistas, da recriação da Contribuição Provisória sobre Contribuição
Financeira (CPMF), da restrição ao executivo da capacidade de emitir Medidas
Provisórias, e absteve-se no tocante à proibição do nepotismo na administração
pública.
Nas
eleições de outubro de 2002 foi reeleito para um novo mandato como 91.042 votos.
Assumindo o mandato em fevereiro de 2003, nesse mesmo ano tornou-se presidente
do PTB no estado do Paraná e, a partir de novembro de 2004, começou a
apresentar, juntamente com seu irmão, um programa de TV intitulado Programa
Carlos e Iris Simões, pela TV Iguaçu, afiliada ao Sistema Brasileiro de
Televisão (SBT) no estado. Nessa legislatura foi ainda terceiro vice-presidente
da Comissão
de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática em 2005, presidente
da Comissão de Defesa do Consumidor em 2006, e membro da
Comissão de Constituição e Justiça e de Redação. Em setembro deste
último ano foi notificado pelo Conselho de Ética da Câmara dos Deputados num
processo por quebra de decoro parlamentar aberto após recomendação da Comissão
Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos Sanguessugas, que investigou a compra
superfaturada de ambulâncias com recursos do Orçamento.
Em
junho
de 2006
foi declarado ineligível por três anos pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE)
do
Paraná por abuso de poder econômico e utilização indevida dos meios de
comunicação social. Conforme alegação do Ministério Público Eleitoral (MPE)
em
maio desse
ano, ele e seu irmão, Carlos Simões,
teriam se
utilizado
de programas
de rádio e televisão e, por meio deles,
promovido suas candidaturas antes do período permitido pela legislação
eleitoral inclusive com “pedidos explícitos e
implícitos de votos” que, segundo o MPE, faziam propaganda
eleitoral antecipada dos candidatos. Nestes mesmos programas, segundo a
denúncia, os irmãos fizeram uso eleitoral de doações de diversos itens de
necessidade da população desassistida (inaladores, fraldas, cadeiras de rodas,
dentaduras, alimentos e rádios), promovidas numa ação denominada “Casa do
Povo”. Durante os programas, as pessoas eram incentivadas a comparecer à “Casa
do Povo”, mantida por Carlos e Íris Simões, para receber os produtos de que
necessitavam. Segundo o MPE, as doações foram mantidas durante o período
eleitoral e “em quantidade tão expressiva que se mostrava suficiente para
comprometer a igualdade e lisura da disputa eleitoral, incorrendo na prática de
abuso do poder econômico”. Às vésperas da eleição de 2006, Carlos e Íris Simões
foram condenados pelo TRE a três anos de inelegibilidade, por crime de abuso do
poder econômico e uso irregular de meios de comunicação. Entretanto, os dois
recorreram ao TSE e conseguiram disputar a eleição. Íris não conseguiu se
eleger deputado federal, já Carlos Simões obteve uma cadeira na Assembleia
Legislativa do Paraná com 32.138 votos.
Após
a derrota nas eleições, Íris Simões voltou a apresentar programas de televisão
e rádio em Curitiba, sempre focados na resolução de problemas materiais da
população de baixa renda através de práticas de natureza assistencialista. No
pleito de outubro de 2008 candidatou-se ao mandato de vereador pelo Partido da
República (PR), mas não conseguiu se eleger obtendo apenas 4.418 votos. Em
março de 2009 o TRE do Paraná cassou por unanimidade o mandato eletivo de seu
irmão, o deputado estadual Carlos Simões (PR), por abuso de poder econômico nas
eleições de 2006.
Foi
casado com Andréia Baggio Simões, com quem teve dois filhos.
FONTES: http://www2.camara.gov.br/ (último acesso em 12/11/2009); http://www.tse.gov.br/
(último acesso em 12/11/2009); http://www.parana-online.com.br/ (último
acesso em: 12/11/2009); http://www.vigilantesdademocracia.com.br/ (último
acesso em: 14/11/2009); http://www.transparencia.org.br/index.html
(último acesso em: 14/11/2009); OLIVEIRA,
Ricardo Costa de. (2002). Análise dos parlamentares paranaenses na entrada
do século XXI. Curitiba: APUFPR-SSind.