MACHADO, UNÍRIO
MACHADO,
Unírio
*dep. fed. RS 1955-1969.
Unírio Carrera Machado nasceu em Santo Ângelo (RS) no dia 25 de junho de 1919, filho de Marcírio Antunes Machado e de
Universina Carrera Machado.
Diplomado
em 1944 pela Faculdade de Direito da Universidade do Rio Grande do Sul, iniciou
suas atividades profissionais como juiz municipal, tornando-se depois promotor
público.
Com
o fim do Estado Novo em 1945 e a consequente redemocratização do país,
elegeu-se, em janeiro de 1947, deputado à Assembléia Constituinte do Rio Grande
do Sul na legenda do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB). Participou dos
trabalhos constituintes e, após a promulgação da nova Carta estadual em julho
do mesmo ano, passou a exercer o mandato legislativo ordinário. Reelegeu-se no
pleito de outubro de 1950 e, durante essa legislatura, foi vice-líder do PTB.
Eleito
em outubro de 1954 deputado federal pelo Rio Grande do Sul, sempre na legenda
do PTB, deixou a Assembleia estadual em janeiro de 1955, assumindo o novo
mandato em fevereiro seguinte. Reelegeu-se no pleito de outubro de 1958 e, em
maio de 1959, tornou-se vice-líder de seu partido na Câmara dos Deputados.
Durante essa legislatura vinculou-se à Frente Parlamentar Nacionalista (FPN),
organização interpartidária formada por deputados do PTB, do Partido Social
Democrático (PSD) e da União Democrática Nacional (UDN) que atuou na Câmara dos
Deputados em defesa de uma plataforma voltada para a condenação à intervenção
do capital estrangeiro na economia nacional, especialmente no setor energético,
e à remessa de lucros para o exterior.
Mais uma vez eleito em outubro de 1962, após a deposição de
João Goulart pelo movimento político-militar de 31 de março de 1964 tornou-se
em junho seguinte vice-líder do bloco parlamentar minoritário. Ainda nessa
legislatura foi membro da Comissão de Constituição e Justiça, presidente da Comissão
de Economia e relator das comissões parlamentares de inquérito constituídas
para apurar as atividades da indústria farmacêutica no país e o caso
Petrobras-Roboré, decorrente de regulamentação do Acordo de Roboré, que
permitia a exploração de petróleo boliviano por empresas privadas brasileiras.
Com a extinção dos partidos políticos pelo Ato Institucional
nº 2 (27/10/1965) e a posterior implantação do bipartidarismo, filiou-se ao
Movimento Democrático Brasileiro (MDB), partido de oposição ao regime militar
instaurado no país em abril de 1964, e em cuja legenda se reelegeu no pleito de
novembro de 1966. Em 16 de janeiro de 1969, porém, teve o mandato cassado por
força do Ato Institucional nº 5 (AI-5), editado em 13 de dezembro do ano
anterior.
Fora
da vida pública, dedicou-se a suas propriedades rurais na região das Missões
(RS) e ao exercício da advocacia na capital gaúcha.
Com o fim do bipartidarismo em 21 de novembro de 1979,
filiou-se ao Partido Democrático Trabalhista (PDT), no qual participou ativamente
até o fim da vida.
Faleceu em Porto Alegre, no dia 10 de julho de 1988.
Era casado com Ana Laura Kern Machado, com quem teve três
filhos.
Publicou Indústria da doença.
FONTES: ARQ. DEP.
PESQ. JORNAL DO BRASIL; CÂM. DEP. Deputados; CÂM. DEP. Deputados
brasileiros. Repertório (1963-1967 e 1967-1971); CÂM. DEP. Relação nominal
dos senhores; Correio do Povo (8/12/65); COUTINHO, A. Brasil;
Estado de S. Paulo (5/9/62); FLEISCHER, D. Thirty; INF. VIÚVA
BIOG.; SILVA, R. Notas.