GUIA,
Mares
*dep. fed. MG 1999-2003; min. Tur. 2003-2006; min. Rel. Inst.
2006-2007
Walfrido
Silvino dos Mares Guia Neto nasceu em Santa
Bárbara (MG) no dia 24 de novembro de 1942, filho de José Maria dos Mares Guia
e de Judith Pinto Coelho dos Mares Guia.
Concluiu a graduação em engenharia
química na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) em 1966. Professor da
UFMG de 1967 a 1971, cursou administração de empresas na Fundação
Mineira de Educação e Cultura (Fumec) de 1971 a 1973, e a partir de
então fez cursos de aperfeiçoamento em administração na Fundação
João Pinheiro. Fundador, ainda nos anos 1960, do Curso Pitágoras, presidiu
o Sistema Pitágoras de Ensino Ltda. de 1973 a 1994. Foi ainda diretor do Sindicato dos Estabelecimentos Particulares de Ensino
de Minas Gerais, de 1974 a 1982, e diretor da Biobrás S.A., em Belo
Horizonte, entre 1971 e 1985. Em estágio no exterior em 1981, cumpriu a
Praticum in Administration e School Leadership da University of San Francisco,
nos Estados Unidos. De volta ao país, participou em 1984 do curso sobre
estratégias para o aperfeiçoamento federalista do Brasil, da Escola Superior de
Guerra (ESG), no Rio de Janeiro.
Iniciou sua carreira política em 1983,
quando foi nomeado secretário municipal de Planejamento de Belo Horizonte,
cargo em que permaneceu até 1985. Daí em diante assumiu outros cargos públicos,
como os de secretário de Desburocratização e Reforma Administrativa do estado
de Minas Gerais, em 1985 e 1986, presidente da Fundação Centro Tecnológico de
Minas Gerais (Cetec), secretário de Ciência e Tecnologia em 1986 e 1987, e
secretário de Educação do governo Hélio Garcia (1991-1995). Depois de passar
pelo Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB) e pelo Partido da
Renovação Social (PRS), em 1994 formalizou o ingresso no Partido Trabalhista
Brasileiro (PTB). Em outubro foi eleito vice-governador na chapa de Eduardo
Azeredo, do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB). Empossado em
janeiro de 1995, foi cumulativamente secretário de Planejamento e coordenador-geral
do estado de Minas Gerais.
No pleito de 1998, elegeu-se deputado
federal por Minas Gerais na legenda do PTB. Tomou posse em fevereiro de 1999 e
tornou-se vice-líder do PTB na Câmara dos Deputados por dois anos. Presidente
da Comissão de Educação, Cultura e Desporto, integrou também as comissões
especiais sobre teto salarial, reforma tributária e patrimônio genético, e a
comissão do projeto de lei de validação de assinaturas por meio eletrônico.
Em 2002, foi coordenador nacional da
campanha de Ciro Gomes, do Partido Popular Socialista (PPS), que perdeu as
eleições presidenciais no primeiro turno. No segundo turno, apoiou o candidato
vitorioso do Partido dos Trabalhadores (PT), Luís Inácio Lula da Silva. Em
janeiro de 2003, com a posse de Lula, renunciou ao mandato de deputado federal
e assumiu o Ministério do Turismo.
Na pasta do Turismo, apresentou um
projeto voltado para a massificação de roteiros turísticos e a geração de
empregos no setor. Atuou em três frentes: 1) na promoção de pacotes turísticos
em eventos especializados no Brasil e também no exterior; 2) no apoio à
comercialização das empresas por meio da divulgação dos pacotes turísticos; e
3) na visibilidade dos empreendimentos hoteleiros através de ferramentas como o
“Portal de Hospedagem”. Em 2003 lançou o Plano Nacional do Turismo, que buscava
aumentar crédito dos empresários. Dois anos depois, implantou o Programa de
Regionalização do Turismo que visava a promover as regiões turísticas
existentes no Brasil e coordenar a realização dos eventos em todo país.
Em sua gestão, os gastos com turismo bateram recorde no país. Em janeiro
de 2006, turistas estrangeiros em visita ao Brasil gastaram cerca de
400 milhões de dólares, maior valor já registrado desde que o Banco Central
(BC) iniciou os índices estatísticos.
Em 2006, deixou o Ministério do Turismo e
foi nomeado ministro de Relações Institucionais, cargo no qual permaneceu por
pouco tempo, pois em fins de 2007 pediu demissão devido à acusação de
envolvimento com o publicitário Marcos Valério e o senador Eduardo Azeredo no
episódio conhecido como “mensalão mineiro”– suposto esquema de
financiamento ilegal da campanha de candidatos do PSDB no estado de Minas
Gerais em 1998, sobretudo de Eduardo Azeredo, então candidato à reeleição para
governador. Acusado de ter efetuado, através da empresa Samos
Participações Ltda., um depósito de cerca de 500 mil reais na conta de Marcos
Valério em setembro de 2002, Mares Guia afirmou que se tratava de um empréstimo
ao amigo Eduardo Azeredo, que acumulava dívidas pessoais, e negou envolvimento
com o publicitário.
Com setenta anos completados em Novembro
de 2012, foi beneficiado pelo art. 107, IV, do Código Penal, que prevê a
chamada “extinção da punibilidade”, com a retirada do seu nome do processo do
mensalão mineiro.
Faz parte do Conselho Deliberativo do
Clube Atlético Mineiro e foi fundador e vice-presidente da Kroton, empresa
privada no setor educacional.
Casado com Sheila Emrich dos Mares Guia,
teve dois filhos.
FONTES: Portal da Câmara dos
Deputados. Disponível em <http://www2.camara.leg.br>.
Acesso em 14/10/2013; Portal do Clube Atlético Mineiro. Disponível em
<http://atletico.com.br>. Acesso em 14/10/2013; Portal do jornal Folha de São Paulo. Disponível em:
<http://www.folha.uol.com.br>. Acesso em 14/10/2013; Portal da revista Época. Disponível em:
<http://epoca.globo.com>. Acesso em 14/10/2013; Revista Ponto de Vista. Disponível em:
<https://periodicos.ufsc.br/index.php/pontodevista>. Acesso em
14/10/2013.