EXTRA
Jornal impresso
em formato tablóide,
com circulação
na cidade do Rio de Janeiro. A
primeira edição teve
a data de 5
de abril de 1998. Pertence
ao grupo de empresas da
Infoglobo Comunicações e
Participações S.A., proprietária
dos jornais O Globo,
Diário de São Paulo,
Expresso, Globo
Online, e
a Agência O Globo.
Enquadra-se no
perfil do chamado jornalismo
popular. Tem como
público-alvo as
classes B e C.
No expediente
do primeiro volume constavam
os créditos de: presidente,
Roberto Marinho, diretor geral, Paulo L. Novais, diretor,
Renato Mauricio Prado, editor-chefe,
Eucimar de Oliveira,
publicidade, César Pacheco, operações,
Nelson Ricciardi e projeto gráfico de Carlos
Perez de Rozas,
Roger Valliés e Ivanir Yazbeck.
Segundo dados da primeira
edição, a elaboração
do jornal durou 9 meses, sendo
3 meses destinados
ao planejamento
gráfico.
O
lançamento do
Extra foi favorecido
pela estabilidade da economia a
partir da adoção do
Plano Real,
em 1994. A
melhoria dos transportes de massas e o controle da inflação favoreceram a
indústria jornalista.
Houve um aumento no
mercado dos
chamados jornais populares,
que vinham desde a década
de 1980 diversificando
sua pauta jornalística,
antes marcada pelo
noticiário policial. Voltados
para os públicos B, C e D, adotaram um
foco em serviços,
pautado por assuntos de
economia popular, emprego, funcionalismo, esporte, lazer, celebridades, TV,
polícia e cidade. Eram
geralmente publicados
em formato tablóide, com
preços acessíveis e
ênfase na comercialização
avulsa.
O Extra enquadrou-se
nesse formato de jornal popular. Porém,
adotou
como principal bandeira
uma
relação de interatividade com o leitor,
presente no slogan da publicação, “Extra, o jornal que você escolheu”.
Esse slogan remetia
à
campanha de marketing de
lançamento, que
envolveu uma
votação para a escolha do
nome do jornal. Segundo
a
primeira edição, o
nome Extra recebeu
mais de 500 mil votos.
Tendo por base o 'jornalismo de
serviços', o veículo
adotou uma
linguagem simples com
notícias focadas
em fatos do estado do Rio de Janeiro. Era
composto de
um primeiro caderno e de
suplementos;
Jogo Extra,
Motor Extra, Info Extra, Sessão Extra, Diversão Extra, Extra Imóveis e Bem
Viver.
Aos domingos, era
encartada a revista Canal
Extra que possuía
uma tiragem média de
500 mil exemplares e
cerca de 1.513.000 leitores. Desses,
85% correspondiam
às
classes B
e C, e 61%
abrangiam o público feminino,
segundo dados do Extra Online.
A principal pauta da revista eram
reportagens sobre celebridades
artísticas, mas tratava
também de moda, culinária e bastidores das
novelas e das programações da
TV.
Entre
os colunistas destacavam-se
celebridades como a
apresentadora Xuxa
Meneghel, o
ex-jogador Gérson
de Oliveira Nunes,
a modelo Luiza Brunet,
o comediante Tom Cavalcante, o músico Tony Belloto, os
escritores Rui Castro e Paulo Coelho, e o
comentarista Washington Rodrigues.
Ao longo de sua trajetória o
Extra, como outros jornais e
revistas nacionais, realizou
promoções da
venda de
produtos,
através de acréscimos
no preço
do exemplar. A
primeira promoção
foi a de um conjunto de panelas, e
uma das mais bem sucedidas foi a
de CDs com textos bíblicos
narrados pelo apresentador Cid
Moreira.
Segundo o seu editor
geral em 2008, Octavio Guedes, houve
uma preocupação
em promoções de produtos com caráter cultural, como o Dicionário
Aurélio, Atlas,
e livros de história.
Em abril de 2007 o jornal lançou sua
versão virtual, o Extra Online. O website era
alimentado pela redação,
que dava destaque
aos assuntos mais importantes na página principal e
à cobertura do impresso. A
interatividade com o leitor era
reforçada por
meio de blogs, chats e twitters e
através de
perfis do jornal criados
em redes de relacionamento,
como o Orkut e o Facebook.
O principal concorrente
comercial do Extra era
o jornal O Dia. De
acordo com o ranking de
circulação diária do
Instituto de Verificação de Circulação (IVC), em 2008 o Extra foi o terceiro
jornal em circulação do país, com a
média de 297.392
exemplares por dia. A
maior concentração de vendas ocorria
no estado do Rio de Janeiro, nas
áreas
da Zona Oeste, Central
e Baixada
Fluminense. Segundo
pesquisa do Instituto Ipson
Marplan, realizada
entre abril de 2008 e março
de 2009, o jornal era
lido por cerca de 2.845.000
leitores. Desses,
85% se concentravam
nas classes C e B e 86% possuíam
o 1º e 2º grau
de escolaridade
completos.
Ao longo dos seus primeiros
11 anos de existência, a
equipe do Extra recebeu vários prêmios, entre os quais destacavam-se: o
Prêmio Esso de Fotografia em 2002 com a sequência fotográfica “Execução em uma
rua de Benfica”, da fotógrafa Wania Corredo, que também ganhou os prêmios
Embratel e Libero Badaro, o
Prêmio Internacional da
Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP) na categoria jornalismo
investigativo em 2003, com reportagem de José Messias Xavier sobre laços entre
criminosos e autoridades brasileiras, o
Prêmio Esso de Reportagem
em 2005 com a matéria “Janela Indiscreta”, sobre uma senhora que gravou o
movimento do tráfico de drogas da janela do seu apartamento no bairro de
Copacabana, zona sul do Rio de Janeiro. A mesma reportagem também ganhou o
Prêmio Embratel na edição 2004 e 2005, na categoria jornais e revistas. O
Prêmio Esso de Reportagem foi
ganho em 2006
também,
com a
série “Adeus
Futuro” do jornalista Eduardo
Auler, o Prêmio
Esso de Primeira Página
em 2007,
com o trabalho “Autoridades
já fizeram até piada com crise aérea e quem chora somos nós”
dos jornalistas Luis Vieira Junior, Marlon Brum e Octávio Guedes, menção
honrosa no Prêmio
Wladimir Herzog em fotografia e
reportagem, no ano de 2007,
além de dois
prêmios Tim Lopes, um em
2008 com a reportagem “A
saga dos cubanos” e
em 2009 com o blog do Extra Virtual “Casos de polícia”.
Em 2009 o jornal adotou o boneco “João
Buracão”
criado pelo borracheiro Irandi Pereira da Rocha como uma forma de protestar
contra os buracos nas ruas Piraí e Aurélio Valporto, no
bairro de Marechal Hermes, município
do Rio de Janeiro. Desde então os leitores passaram
a entrar em contato com a redação
do jornal denunciando ruas
esburacadas, nas quais a equipe do matutino levava o
boneco e fazia
uma reportagem.
Rafael
Zamorano
FONTES: Extra (online).
Disponível em : <http://www.extra.globo.com.br>.
Acesso em : 20 out. 2009; Portal
Infoglobo. Disponível em : < http://www.infoglobo.com.br>.
Acesso em : 20 out. 2009; Portal Ipsos
– Nobody’s Unpredictable. Disponível em : <http://www. ipsos.com.br>. Acesso em
: 20 out. 2009; Portal
IVC. Disponível em : <http://www.ivc. org.br>. Acesso em
: 20 out. 2009; Portal
Observatório da Imprensa. Disponível em : <http://www.observatoriodaimprensa.com.br/artigos>. Acesso em
: 20 out. 2009; PRÊMIO ESSO.
Disponível em :
<
http://www.extra.globo.com.br> Acesso
em: 20 de out. de 2009.
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http://www.infoglobo.com.br> Acesso
em: 20 de out. de 2009.
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http://www.premioesso.com.br>
Acesso em: 20 de
out. de 2009.
<http://www.ipsos.com.br> Acesso
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<http://www.ivc.org.br>
Acesso em: 20 de out. de 2009.
<http://www.observatoriodaimprensa.com.br/artigos>
Acesso em: 20 de out. de 2009.