1ª Entrevista: formação escolar no Colégio Anglo-Americano e o aprendizado da língua inglesa; o convívio com crianças norte-americanas; o ingresso na Phoenix Assurance, em 1935, como auxiliar do gerente geral para o Brasil, Geoffrey Andrews; a importância de Andrews na sua formação pessoal e profissional; a preocupação, dentro da Phoenix, com o crescente nacionalismo dos anos 30; a identidade de imigrante; o reconhecimento da sua atuação na Phoenix, no Brasil, pelos superiores, em Londres; a compra da Phoenix por um grupo norte-americano nos anos 70; o surgimento e desenvolvimento de uma firma brasileira corretora de resseguros ao final dos anos 70; o convite para integrar a diretoria do IRB, em 1985, as dificuldades encontradas com o legado das administrações anteriores, especialmente a United Americas, em Nova York; os problemas gerenciais advindos da compra da Phoenix pela empresa norte-americana.
A trajetória profissional na Phoenix, entre 1935 e 1978; a transformação da Phoenix Assurance em empresa brasileira, a Phoenix Brasileira - Companhia de Seguros Gerais, em 1967, as razões para tal mudança; a representação das empresas estrangeiras no Conselho Técnico do IRB; a concepção do Conselho Técnico do IRB por João Carlos Vital, a importância de técnicos, como Carlos Metz, na estruturação do IRB; o papel do Fire Offices Committee na regulamentação das atividades de seguro e resseguro na Inglaterra e nos mercados externos em que as companhias inglesas atuavam; a edição da primeira tarifa incêndio oficial no Brasil, em 1928; a Federação de Seguradores Terrestres, denominação conferida à reunião de seguradores estrangeiros no Rio de Janeiro; a medida adotada por Vital de oferecer retrocessão de resseguros a companhias estrangeiras estabelecidas no Brasil; a Lei de Remessas de Lucros, em 1962, e as seguradoras estrangeiras: a necessidade de comprovar o ingresso de capital e as dificuldades encontradas para realizar tal empreendimento; as razões do sucesso do IRB, por força da política adotada por João Carlos Vital de atrair técnicos oriundos de empresas privadas, algumas das quais estrangeiras; o papel de Carlos Metz na estruturação do IRB.
O processo de intervenção do governo em empresas estrangeiras durante a II Guerra Mundial; a intervenção na Generali e o papel de André Migliorelli na preservação do patrimônio da empresa; a intervenção na Adriática e na Internacional; a questão da subsidiária da Adriática, que não retornou aos seus acionistas originais, uma vez cessada a intervenção da guerra; os anos 40 como um momento de expansão das seguradoras nacionais; como operava a Phoenix antes das medidas nacionalizantes do mercado brasileiro; as mudanças introduzidas na Phoenix com o advento do IRB; o papel do resseguro na equalização da carteira de riscos de uma seguradora; o papel das teconologias de informação no resseguro; o papel do IRB diante das seguradoras nacionais, ao tomar para si a administração da informação do resseguro; a proposta de reestruturação do IRB, transferindo a sede para o Teleporto; a distribuição das coberturas de seguros na Phoenix: basicamente transporte marítimo e incêndio; a cobertura do transporte marítimo do café; as exportações de café, na modalidade FOB, têm o seguro contratado no exterior; o seguro do café em seu trajeto até o porto.
A excelência técnica da Companhia Internacional e da Sul América; razões pelas quais a Sul América se manteve na dianteira do mercado por um século, e a importância de Antônio Larragoiti; a associação imediata entre o nome Sul América e o seguro no Brasil; as estratégias de massificação do mercado entre as grandes seguradoras brasileiras; impacto do crescimento inflacionário dos anos 50 sobre as empresas estrangeiras; a cobertura dos riscos do algodão nesse período e a questão das fraudes no seguro; o controle das fraudes como razão para o IRB assumir a liquidação de sinistros.
2ª Entrevista: medidas adotadas pelos governos militares em relação ao mercado de seguros; panorama da situação do mercado por volta de 1964 e as dificuldades trazidas pelo sistema de cobrança dos prêmios de seguro; a importância da medida de cobrança bancária na preservação da solvência do sistema, inclusive do IRB; a recepção, no meio segurador, ao Decreto-Lei n° 73; o surgimento da Phoenix Brasileira em substituição à Phoenix Assurance: uma mudança no estatuto jurídico; os ramos de seguros cobertos pela Phoenix: basicamente os elementares, uma vez que o ramo vida era interditado às seguradoras estrangeiras; o crescimento da economia brasileira e o afrouxamento dos laços entre as seguradoras estrangeiras e as indústrias multinacionais, levando as primeiras a buscar negócios diretamente no mercado; a estatização dos seguros de acidentes do trabalho; o número restrito de empresas que operavam com essa modalidade quando da estatização; o papel dos seguros de automóveis no reerguimento do mercado; os seguros de automóveis levando à massificação dos seguros e à adoção de novas políticas de comercialização; a política de fusões implementada no início da década de 70; o ingresso dos bancos no mercado de seguros; a comercialização, hoje, dos seguros nos bancos; a venda de seguros em agências bancárias e o controle dos riscos assumidos; a preservação da identidade da Sul América como seguradora, em mercado muito dominado por bancos.
O período de José Lopes de Oliveira no IRB; a abertura da sucursal do IRB em Londres; a operação em Londres; o momento econômico internacional que presidiu o ingresso do IRB no mercado londrino; a formação de um grupo de seguradoras brasileiras, o Gesb, para aceitar resseguros do exterior; o legado negativo, para as empresas privadas e para o IRB, da política de aceitação de resseguros do exterior; questões técnicas que envolvem a aceitação de resseguros; o ingresso de Albrecht na presidência do IRB e a suspensão dos negócios em Londres; o pensamento de José Lopes ao levar o IRB para o mercado internacional; a decisão da abertura da subsidiária United Americas, em Nova York, em 1978; a composição acionária da United Americas e a presença, no corpo de diretores da empresa, de nomes de destaque no cenário financeiro internacional; a diferença da operação em Londres e em Nova York; o papel da superintendência de seguros norte-americana no controle estrito das operações da United Americas: a declaração de insolvência em 1985; a estratégia adotada para salvar a United Americas da liquidação; as inovações introduzidas por Jorge Hilário Gouvêa Vieira na gestão do IRB; o peso do passivo de operações em Londres; o desmonte do sistema operacional da United Americas, primeiro, pelo afastamento da empresa gestora, e, segundo, pela mudança na forma de atuar, passando a funcionar como um broker de resseguros; a negociação com seguradoras norte-americanas em busca de apoio para as mudanças na United Americas; a oposição dos acionistas alemães; a situação da United Americas na presidência de Ronaldo Vale Simões no IRB; o governo Collor e a decisão de vender a United Americas; o ingresso de José Américo Péon de Sá na presidência do IRB, em 1992, retomando a questão da United Americas; a situação da United Americas no presente momento.
Balanço das duas últimas décadas no setor de seguros; o acerto da política de avanço do IRB no mercado internacional, e os erros operacionais; o ingresso de seguradoras estrangeiras no Brasil mediante de associações com nacionais.