MALTA,
Magno
*dep. fed.
ES 1999-2003; sen. ES 2003-2004, 2005-2009; 2010-
Magno Pereira Malta nasceu em
Itapetinga (BA) no dia 16 de outubro de 1957, filho de Ameliano Malta e de
Edalia Pereira de Souza.
Iniciou o curso de Teologia, em 1977, no Seminário Teológico Batista do
Norte do Brasil, em Recife (PE), concluindo seus estudos em 1981.
Começou sua carreira política, nas eleições de 1992 elegeu-se vereador
por Cachoeiro do Itapemirim (ES). Na Câmara dos Vereadores presidiu a comissão
de Direitos Humanos e foi relator da comissão de Fiscalização e Controle
Orçamentário. Licenciou-se do cargo para concorrer a uma vaga na Assembléia Legislativa
do Estado do Espírito Santo (ALES), obtendo sucesso. Em 1994, elegeu-se deputado
estadual com 10.997 votos,
pelo Partido Trabalhista Brasileiro
(PTB). No ano seguinte, tomou posse no dia 1º de fevereiro. Na ALES participou
das seguintes comissões: Constituição e Justiça; Defesa da Cidadania e dos
Direitos Humanos; Defesa do Consumidor, de Proteção ao Meio Ambiente, de
Agricultura, de Abastecimento e de Reforma Agrária; Defesa da Cidadania e dos
Direitos Humanos; Finanças, Economia, Orçamento, Fiscalização, Controle e
Tribunal de Contas.
No pleito de 1998, elegeu-se deputado federal pelo
Estado do Espírito Santo com 54.754
votos, na legenda do PTB, para a legislatura 1999-2003. Em 2001 transferiu-se
para o Partido Liberal e ainda nesse mesmo ano foi nomeado vice-líder do Bloco
Parlamentar do Partido Liberal (PL) e Partido Social Liberal (PSL). Durante o mandato foi presidente da comissão Parlamentar de Inquérito
(CPI) do Narcotráfico
e 1º vice-presidente da comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime
Organizado. Participou das comissões de Ciência e Tecnologia, Comunicação e
Informática; Relações Exteriores e de Defesa Nacional; Seguridade Social e
Família; Fixação do Salário Mínimo; Obras Inacabadas; e Tortura e Maus-Tratos.
Como suplente atuou na Comissão de Finanças e Tributação; Área de Livre Comércio
das Américas (ALCA).
No ano de 2000, representou a Câmara dos Deputados na
Conferência Política de Alto Nível para assinatura da Convenção da ONU contra a
Delinqüência e o Crime Organizado Transnacional e seus Protocolos em Palermo,
na Itália. No ano seguinte, votou contra a instalação da CPI da Corrupção.
Em 2002 elegeu-se para o cargo de senador pela legenda do PL,obtendo 867.434
votos. No ano seguinte, já no Senado, defendeu a redução da maioridade penal
para 13 anos no caso de crime hediondo.
Nas votações mais importantes do Senado se posicionou, em 2004, contra o
valor de R$ 260 para o salário mínimo, previsto na medida provisória editada
pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e a favor do valor de R$ 275,
sugerido pela oposição; contrário a Lei de Biossegurança, que permitiria a
utilização de células-tronco embrionárias obtidas por clonagem para pesquisa. Em
fins deste ano, licenciou-se do mandato de senador em 23 de dezembro a 29 de
abril de 2005. Neste período, foi substituído por seu 1º suplente Francisco
Pereira.
Reassumindo seu mandato, Magno Malta votou em 2006 a favor da criação e
da permanência da CPI dos Bingos. Neste mesmo ano, foi indiciado pela CPI
dos Sanguessugas, devido ao um
suposto envolvimento com desvio de recursos públicos destinados para compra de ambulâncias no Ministério da Saúde. No entanto,
seu processo foi arquivado por falta de provas, juntamente com os relativos a
dois outros senadores acusados, Nei
Suassuna (PMDB-PB) e Serys Slhessarenko (PT-MT). Atuou também
como titular nas comissões da CPMI do Desmanche; CPMI do Banestado; Comissão
Parlamentar de Inquérito (CPI)
dos Bingos; e na Reforma Judiciário. Além de ter participado como suplente da
Comissão Rondônia
Já filiado ao Partido da República (PR), em 2007 defendeu o projeto de lei que autorizava o monitoramento
de presos por meio de pulseiras ou tornozeleiras eletrônicas, e se opôs à aprovação do projeto de lei 122 de 2006, da então deputada Iara
Bernardi, que criminalizava a homofobia,
e comparava a homossexualidade
à pedofilia. (votou contra a criminalização da homofobia).
Na ocasião, a Associação
Brasileira de Gays Lésbicas Bissexuais Travestis e Transexuais (ABGLT) divulgou
nota de protesto e repudio ao senador, onde esclarecia que pedofilia não era
orientação sexual.
No inicio de 2008,
assumiu a presidência da recém-criada CPI da Pedofilia, que tem como principio
investigar crimes cibernéticos relacionados a crianças e adolescentes. Neste
cargo atuou, juntamente, com a Polícia Federal e o Ministério Público na prisão
de pessoas relacionadas a crimes cometidos através da internet. Participou também
como titular na Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informática;
além de suplente da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional; e da
Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa.
Em junho de 2009 seu nome apareceu na mídia entre os
beneficiados dos atos secretos que vieram
a público após uma série de denúncias, segundo as quais uma série de atos administrativos
envolvendo nepotismo e medidas impopulares não vinham sendo devidamente
divulgados. Durante as investigações foi descoberto que o segundo suplente de
Magno Malta, o pastor Nilis Castberg, fora nomeado por “ato secreto” no
Conselho de Ética, durante a análise do processo de cassação do senador.
Em 2010 Magno Malta se candidatou à reeleição, centrando
sua campanha na CPIs da pedofilia e do narcotráfico. Dentre as
maiores contribuições de sua campanha figuravam empreiteiras e construtoras que
doaram 60% do total arrecadado, várias delas envolvidas em licitações
questionadas pelo Tribunal de Contas da União,
como a Contractor, Serveng e SA Paulista. No pleito, realizado em outubro, foi reeleito senador do Espírito Santo, tendo
recebido cerca de 36,76% dos votos válidos. A outra vaga do estado foi ocupada
por Ricardo Ferraço (PMDB).
Em 2011 seu partido foi envolvido no chamado
"escândalo do Ministério dos Transportes", que revelara acertos entre
empreiteiras com o Partido da República (PR), que receberia propinas em troca
de obras superfaturadas. Esse escândalo derrubou o ministro Alfredo Nascimento (PR-AM) e Geraldo Lourenço, diretor de
Infraestrutura Ferroviária e diretor interino de Administração e Finanças do
Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), e que havia sido
indicado por Magno Malta, em julho. Durante esse ano participou das comissões de
Constituição, Justiça e Cidadania; da de Direitos Humanos e Legislação
Participativa; e da Comissão de Educação, Cultura e Esportes.
Em
fevereiro de 2013, Magno Malta, através da Frente Parlamentar Mista em Defesa
Permanente da Família Brasileira, da qual era presidente, ameaçou organizar no
Congresso Nacional uma manifestação contrária ao pedido de revisão da lei do
aborto, feito pelo Conselho Federal de Medicina. Nesse mesmo ano, deu parecer
favorável no processo que incluiu no rol da lei de crimes hediondos o
favorecimento da prostituição ou outras formas de exploração sexual da criança,
adolescente ou vulnerável, e integrou a comissão de Violação do Direito Humano
à Saúde.
Apesar
de sua posição contrária, foi aprovado na Comissão de Direitos Humanos e
transformado em lei em junho de 2014, o projeto que buscava coibir
maus-tratos e violência contra crianças, que ficou conhecido como Lei da Palmada.
No início de 2014, Magno Malta
entregou carta ao PR na qual se propunha a concorrer às eleições presidenciais
de outubro. Sua candidatura, no entanto, foi rejeitada pela convenção do
partido, realizada em 21 de junho, quando também ficou decidida a a permanência
do PR na coligação de apoio à reeleição da presidente Dilma Rousseff. Já
no dia seguinte à convenção, o senador declarava à imprensa que não descartava
a possibilidade de concorrer ao governo do Espírito Santo, embora esta decisão
dependesse ainda da convenção estadual; e que ainda não havia decidido seu
apoio nas eleições presidenciais. Descartava apenas defender a reeleição de
Rousseff.
A partir de julho Magno Malta
passou a defender a candidatura do Pastor Everaldo do Partido Social Cristão (PSC),
junto com lideranças políticas evangélicas. Na ocasião, chegou a afirmar que
iria reunir as lideranças religiosas, decepcionadas com as manobras ideológicas
do governo federal, para somar na defesa de propostas que ameaçavam à família,
tais como: legalização da maconha, a liberação do aborto, casamento homossexual
com os mesmos direitos do casamento tradicional, fim da impunidade para conter
a crescente onda da violência inclusive com a implantação da redução da
maioridade penal no país. Manteve-se, contudo, vinculado ao PR.
Uma vez realizado o pleito, com o
retorno do candidato derrotado Aécio Neves (PSDB) às atividades no Senado,
Magno Malta aproveitou a ocasião e fez amplas críticas ao governo de Dilma
Rousseff, declarando na ocasião que havia votado no candidato tucano, mesmo
integrando um partido que fazia parte da base aliada do PT.
Publicou os livros E agora doutor? (2002);
e Deus tem um trato comigo (2002).
Foi casado com Kátia Santos Gomes Malta, com quem teve três filhas. Em 2013, contraiu segundas núpcias com a
cantora e deputada federal, Lauriete Rodrigues de Almeida.
FONTES: Câmara dos Deputados; Senado Federal; Tribunal Regional Eleitoral; Portal O Estado de São Paulo. Disponível em:
<http://politica.estadao.com.br>. Acesso em 10/07/2015; Portal Folha
de S. Paulo. Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br>. Acesso
em: 10/07/2015; Portal G1 de Notícias. Disponível em:
<http://g1.globo.com/index.html>. Acesso em 19/07/2015; Portal Inforgospel.
Disponível em: <http://blogs.odiario.com/inforgospel/>. Acesso em
19/07/2015. Portal Isto É. Disponível em: <http://www.istoe.com.br/capa>.
Acesso em 11//07/2015; Portal Gospel Prime. Disponível em:
<http://noticias.gospelprime.com.br>. Acesso em 11/07/2015; Portal JusBrasil.
Disponível em: <http://www.jusbrasil.com.br/>. Acesso em 12/7/2015; Portal
Senado Federal. Disponível em: <http://www.senado.gov.br/>. Acesso em
12/7/2015.