CHERMONT, MÁRIO (2)
CHERMONT, Mário (2)
*dep. fed. PA 1991-1995.
Mário
Morais Chermont
nasceu no Rio de Janeiro, então Distrito Federal, em 21 de junho de 1937, filho
de Mário Midosi Chermont e Eneida do Espírito Santo Morais. Seu pai integrou,
de outubro a novembro de 1930, a junta governativa do Pará, foi constituinte de
1934 e deputado federal pelo Pará entre 1935 e 1937.
Em janeiro de 1958, Mário Chermont tornou-se funcionário da
Fundação Serviço Especial de Saúde Pública (SESP). Em janeiro de 1964 era
oficial-de-gabinete do governador do Pará, Aurélio Correia do Carmo
(1961-1964). Desempenhou essas funções até abril de 1964, quando assumiu o
cargo de assessor da Secretaria de Saúde do Pará, exercendo-o até outubro desse
ano. Em Belém, iniciou curso de direito na Universidade Federal do Pará em
1966, formando-se em 1971.
Nesse
período, elegeu-se vereador em Chaves (PA) em novembro de 1966, na legenda do
Movimento Democrático Brasileiro (MDB), partido de oposição ao regime militar
instaurado no país em abril de 1964. Tomou posse em janeiro do ano seguinte.
Afastado temporariamente da vida pública, dedicou-se à advocacia em Belém. Eleito deputado estadual em novembro de 1978, iniciou o mandato em fevereiro do ano
seguinte. Com o fim do bipartidarismo (29/11/1979), filiou-se ao Partido do
Movimento Democrático Brasileiro (PMDB), que deu continuidade ao MDB.
Reeleito em novembro de 1982, em janeiro do ano seguinte
iniciou novo mandato. Durante essa legislatura, presidiu a Comissão de
Constituição e Justiça (1983-1985) e foi líder da bancada (1983-1987). Em
novembro de 1986, reelegeu-se, tomando posse em janeiro. Entre 1987 e 1989, foi líder do governo e presidiu de 1989 a 1990 a Assembléia Estadual Constituinte. Em 1990, filiou-se ao Partido Trabalhista Brasileiro
(PTB). Entre 1990 e 1991, presidiu a Assembléia.
Entre
1989 e 1991 assumiu o Executivo em três oportunidades durante o governo de
Hélio Gueiros (1987-1991). Em outubro de 1990, candidatou-se à Câmara dos
Deputados. Tomou posse em janeiro do ano seguinte. Exerceu nesse mesmo ano a
vice-presidência da Frente Parlamentar da Amazônia e a vice-liderança na
Câmara. Ainda em 1991, integrou a Comissão de Finanças e Tributação. Entre 1991
e 1994, votou a favor da criação do Imposto Provisório sobre Movimentação
Financeira (IPMF), de 0,25% sobre transações bancárias, criado como fonte
complementar de recursos para saúde; e do Fundo Social de Emergência (FSE), que
permitia ao governo gastar 20% da arrecadação de impostos sem que essas verbas
ficassem vinculadas à saúde e à educação.
Em 29 de setembro de 1992, votou a favor da abertura do
processo de impeachment do presidente Fernando Collor, acusado de crime de
responsabilidade por ligações com um esquema de corrupção liderado pelo
ex-tesoureiro de sua campanha presidencial, Paulo César Farias. Afastado da
presidência após a votação na Câmara, Collor renunciou em 29 de dezembro de
1992, pouco antes da conclusão do processo pelo Senado. Foi efetivado na
presidência da República o vice Itamar Franco, que já vinha exercendo o cargo
interinamente desde 2 de outubro.
Em outubro de 1994, Mário Chermont não se candidatou à
reeleição, deixando a Câmara em janeiro seguinte. Após o término do mandato,
abandonou a política, retornando à advocacia em Belém.
Casou-se com Sandra Lúcia Bastos Martins de Barros, com quem teve dois filhos.
FONTES: CÂM. DEP. Deputados
brasileiros. Repertório (1991-1995); Folha de S. Paulo (18/9/94); INF.
FAM. MÁRIO MORAIS CHERMONT FILHO.